Resumo
A Liga Interdisciplinar de
Cirurgia da Universidade Federal do Rio Grande (LIC/FURG) busca complementar a
formação acadêmica cirúrgia dos estudantes de medicina desta instituição. A
LIC/FURG ampliará os conhecimentos acerca das práticas cirúrgicas, mantendo os
seus integrantes em constante aperfeiçoamento e atualização. Além disso,
proporcionará contato mais próximo entre alunos e pacientes, contribuindo para
uma maior humanização do processo pedagógico e propiciando assim que os
aprendizes visualizem a totalidade do paciente e não apenas a doença em si. A
LIC/FURG, pautada nos princípios de inter/transdisciplinaridade, será ambiente
favorável para a conjugação dos vários saberes adquiridos pelos alunos, não
apenas na liga, mas também no curso regular de medicina, favorecendo uma melhor
compreensão dos vários conceitos e técnicas através de sua aplicação prática.
Destaca-se também a contribuição que a LIC/FURG dará à população da cidade de
Rio Grande e região, pois proporcionará atendimento cirúrgico gratuito e de
qualidade, uma vez que será realizado no Hospital Universitário Miguel Corrêa
Riet Jr. vinculado à FURG e sob orientação e supervisão de profissionais
qualificados.
A Proposta
Este projeto de extensão encontra-se pautado nos
pressupostos metodológicos da educação em saúde, do ensino de cirurgia e na
interdisciplinaridade, na sua organização, elaboração e execução. Tais
características visam à educação para os alunos e a sociedade, consistindo num
processo educativo que envolve docentes, discentes, técnicos administrativos e
pacientes. A relevância do projeto abrange, além da compreensão tradicional que
se tem da Universidade pautada na disseminação de conhecimentos (cursos,
conferências, seminários), prestação de serviços gratuitos (assistências, assessorias
e consultorias) e difusão cultural, a concepção de Universidade em que a
relação com a população passa a ser encarada como a força motriz necessária à
vida acadêmica. Oportuniza a integração e a troca de experiências entre cursos,
alunos e professores da instituição sobre o ensino de cirurgia e a necessidade
de tornar este saber universal na vida acadêmica, abarcando diversas formas de
comunicação para se atingir a variedade cultural existente, visando a uma
melhor compreensão do indivíduo de si mesmo e de sua identidade social, dando
assim bases para que esta dialógica contribua para a melhora da saúde vista de
uma forma integral e multidisciplinar. Espera-se com este intercâmbio fomentar
práticas de ensino, pesquisa e extensão conjuntas e de caráter, preparando o
futuro médico para um atendimento qualificado e humanitário.
Justificativa
Em consonância com a Resolução 014/87 do
Conselho Universitário da Universidade Federal de Rio Grande, o projeto busca a
educação em sua plenitude, despertando a criatividade e o espírito crítico,
propiciando ao acadêmico estes conhecimentos necessários e humanos e
capacitando-o para intervir e buscar a transformação social.
O Projeto Político Pedagógico do Curso de Medicina da Universidade Federal de Rio Grande (2006) preconiza a formação do profissional médico generalista, humanista, crítico e reflexivo; capacitado para atuar, pautado em princípios éticos, no processo de saúde-doença em seus diferentes níveis de atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação á saúde, na perspectiva da integralidade da assistência, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da saúde integral do ser humano.
O Projeto Político Pedagógico do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Rio Grande (2005) descreve sobre a interdisciplinaridade a qual, por sua vez, visa o fomento à capacitação intelectual dos envolvidos no processo ensino-aprendizagem para a concretização do diálogo interdisciplinar, no qual ocorra menor compartimentação disciplinar e que concorra para a formação de um perfil profissional competente e flexível tanto de docentes como de egressos, oportunizando a ambos aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver em conjunto e aprender a ser.
Para isso é fundamental a construção coletiva de uma postura interdisciplinar, que reúna outros cursos da Área da Saúde, propiciando uma visão mais acurada sobre o atendimento integral do paciente. Para tanto o proponente possui experiência na coordenação do Estágio Curricular de Cirurgia da Universidade Federal do Rio Grande há cinco anos; do Curso de extensão em instrumentação cirúrgica e na organização de diversos eventos, entre eles o Simpósio Riograndino de Cirurgia.
Assim, acreditamos que a formação acadêmica fundamentalmente perpassa por uma boa relação profissional-paciente. Dessa forma, o projeto da Liga Interdisciplinar de Cirurgia surge para abordar questões inerentes na área da saúde como: humanismo; diagnóstico dos pacientes; orientação pré e pós-operatória; treinamento em antissepsia, preparo do campo cirúrgico, e manobras básicas em cirurgia.
Dessa forma, a partir da experiência do proponente torna-se imprescindível a criação e o incentivo a projetos de ensino que contemplem esses aspectos na formação.
Destaca-se ainda como característica fundamental deste projeto o engajamento dos universitários e docentes envolvidos com a sociedade, mediado por uma relação bidirecional de mútuo desenvolvimento. Além disso, despertar o interesse para a prática cirúrgica e a abordagem como promotor da saúde integral do ser humano, no processo de formação e atuação dos profissionais da saúde.
O Projeto Político Pedagógico do Curso de Medicina da Universidade Federal de Rio Grande (2006) preconiza a formação do profissional médico generalista, humanista, crítico e reflexivo; capacitado para atuar, pautado em princípios éticos, no processo de saúde-doença em seus diferentes níveis de atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação á saúde, na perspectiva da integralidade da assistência, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da saúde integral do ser humano.
O Projeto Político Pedagógico do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Rio Grande (2005) descreve sobre a interdisciplinaridade a qual, por sua vez, visa o fomento à capacitação intelectual dos envolvidos no processo ensino-aprendizagem para a concretização do diálogo interdisciplinar, no qual ocorra menor compartimentação disciplinar e que concorra para a formação de um perfil profissional competente e flexível tanto de docentes como de egressos, oportunizando a ambos aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver em conjunto e aprender a ser.
Para isso é fundamental a construção coletiva de uma postura interdisciplinar, que reúna outros cursos da Área da Saúde, propiciando uma visão mais acurada sobre o atendimento integral do paciente. Para tanto o proponente possui experiência na coordenação do Estágio Curricular de Cirurgia da Universidade Federal do Rio Grande há cinco anos; do Curso de extensão em instrumentação cirúrgica e na organização de diversos eventos, entre eles o Simpósio Riograndino de Cirurgia.
Assim, acreditamos que a formação acadêmica fundamentalmente perpassa por uma boa relação profissional-paciente. Dessa forma, o projeto da Liga Interdisciplinar de Cirurgia surge para abordar questões inerentes na área da saúde como: humanismo; diagnóstico dos pacientes; orientação pré e pós-operatória; treinamento em antissepsia, preparo do campo cirúrgico, e manobras básicas em cirurgia.
Dessa forma, a partir da experiência do proponente torna-se imprescindível a criação e o incentivo a projetos de ensino que contemplem esses aspectos na formação.
Destaca-se ainda como característica fundamental deste projeto o engajamento dos universitários e docentes envolvidos com a sociedade, mediado por uma relação bidirecional de mútuo desenvolvimento. Além disso, despertar o interesse para a prática cirúrgica e a abordagem como promotor da saúde integral do ser humano, no processo de formação e atuação dos profissionais da saúde.
Fundamentação Teórica
Nas últimas décadas, as
ligas acadêmicas vêm ampliando seu espaço junto ao meio acadêmico, buscando
complementar, ampliar, estimular e diversificar o aprendizado dos
universitários, principalmente nos cursos de medicina no Brasil. É com este
intuito que foi almejada a criação da Liga Interdisciplinar de Cirurgia (LIC)
da Universidade Federal do Rio Grande (FURG).
A ideia é trazer os elementos positivos dessas instituições, propiciando contato entre alunos e pacientes, de modo a possibilitar maior desenvoltura neste contato e aprimorando a relação médico-paciente. Desta forma, desenvolver um olhar mais humanista sobre aquele que não é meramente um objeto de estudo e/ou trabalho, mas acima de tudo isso, um ser humano. Além disso, tomar contato com a prática, para materializar o que foi aprendido em nível teórico, multiplicando assim o potencial do aprendizado. Segundo Souza, “o aluno que faz parte desses grupos adquire o senso crítico e o raciocínio científico, amplia o conhecimento teórico/prático advindo das atividades realizadas, além de melhorar sua prática clínica”.
E ainda pode-se mencionar o incremento curricular dos alunos, a constante renovação e atualização do conhecimento de professores e alunos, sem deixar de lado contribuições indiretas que também contribuem para o sucesso pedagógico, como a maior intimidade proporcionada na relação aluno-aluno, entre alunos de turmas distintas, e professor-aluno, que sem a liga poderia ser muito restrita e pontual ao momento de sala de aula.
A LIC-FURG, prevenindo-se as principais falhas à existência das ligas acadêmicas, prima pela presença constante do professor responsável, orientando e supervisionando as atuações dos seus membros, sem deixar que estes alunos ajam arbitrariamente, o que poderia resultar no desenvolvimento de técnicas equivocadas e a consolidação de um conhecimento que não condiga com as práticas preconizadas na literatura especializada da área.
Esta liga, consciente e preocupada em evitar os problemas já vivenciados por outras instituições semelhantes, entende ser importante para a formação dos alunos do curso de medicina da FURG a ampliação dos momentos de atividades práticas, supervisionadas e orientadas por professor responsável, de modo a aprimorar as habilidades técnicas da prática cirúrgica; e entende que nada melhor que a prática das atividades com supervisão e correção constante para o aperfeiçoamento da mesma.
Além dos elementos mencionados até aqui, esta instituição visa a proporcionar em seu ambiente de atividades práticas, um local de confluência de todos os saberes adquiridos acerca da medicina, não apenas os adquiridos na própria liga, mas inclusive os adquiridos no curso regular, pois a liga não pretende substituí-lo, e sim complementá-lo.
Concluindo, a liga tornar-se-á um ambiente propício e favorável ao exercício da transdisciplinaridade, não como um elemento simplesmente figurativo, mas como um elemento necessário ao pleno e adequado atendimento do paciente, associando os princípios de técnicas cirúrgicas aos conhecimentos acerca da natureza humana.
A ideia é trazer os elementos positivos dessas instituições, propiciando contato entre alunos e pacientes, de modo a possibilitar maior desenvoltura neste contato e aprimorando a relação médico-paciente. Desta forma, desenvolver um olhar mais humanista sobre aquele que não é meramente um objeto de estudo e/ou trabalho, mas acima de tudo isso, um ser humano. Além disso, tomar contato com a prática, para materializar o que foi aprendido em nível teórico, multiplicando assim o potencial do aprendizado. Segundo Souza, “o aluno que faz parte desses grupos adquire o senso crítico e o raciocínio científico, amplia o conhecimento teórico/prático advindo das atividades realizadas, além de melhorar sua prática clínica”.
E ainda pode-se mencionar o incremento curricular dos alunos, a constante renovação e atualização do conhecimento de professores e alunos, sem deixar de lado contribuições indiretas que também contribuem para o sucesso pedagógico, como a maior intimidade proporcionada na relação aluno-aluno, entre alunos de turmas distintas, e professor-aluno, que sem a liga poderia ser muito restrita e pontual ao momento de sala de aula.
A LIC-FURG, prevenindo-se as principais falhas à existência das ligas acadêmicas, prima pela presença constante do professor responsável, orientando e supervisionando as atuações dos seus membros, sem deixar que estes alunos ajam arbitrariamente, o que poderia resultar no desenvolvimento de técnicas equivocadas e a consolidação de um conhecimento que não condiga com as práticas preconizadas na literatura especializada da área.
Esta liga, consciente e preocupada em evitar os problemas já vivenciados por outras instituições semelhantes, entende ser importante para a formação dos alunos do curso de medicina da FURG a ampliação dos momentos de atividades práticas, supervisionadas e orientadas por professor responsável, de modo a aprimorar as habilidades técnicas da prática cirúrgica; e entende que nada melhor que a prática das atividades com supervisão e correção constante para o aperfeiçoamento da mesma.
Além dos elementos mencionados até aqui, esta instituição visa a proporcionar em seu ambiente de atividades práticas, um local de confluência de todos os saberes adquiridos acerca da medicina, não apenas os adquiridos na própria liga, mas inclusive os adquiridos no curso regular, pois a liga não pretende substituí-lo, e sim complementá-lo.
Concluindo, a liga tornar-se-á um ambiente propício e favorável ao exercício da transdisciplinaridade, não como um elemento simplesmente figurativo, mas como um elemento necessário ao pleno e adequado atendimento do paciente, associando os princípios de técnicas cirúrgicas aos conhecimentos acerca da natureza humana.
Objetivos
- Congregar
acadêmicos do curso médico e de outras áreas da saúde e profissionais
interessados no aprendizado e no desenvolvimento técnico-científico na área de
cirurgia geral e especialidades afins;
- Estimular a produção científica e a participação em eventos científicos locais, regionais e nacionais, além da realização de estágios extracurriculares e monitorias.
- Aulas e discussões ministradas por médicos, outros profissionais da área da saúde, residentes, acadêmicos, membros da LIC ou convidados;
- Discussões anatomo-clínicas de casos coordenados por especialistas da área supracitada a serem realizadas semanalmente durante as práticas ambulatoriais e de enfermaria;
- Realização de cursos, palestras, treinamentos, jornadas relacionados às áreas afins;
- Manter intercâmbio científico e associativo com outras escolas médicas;
- Estímulo à participação de seus membros em estágios nos diferentes locais relacionados à área de atuação;
- Estimular a produção científica e a participação em eventos científicos locais, regionais e nacionais, além da realização de estágios extracurriculares e monitorias.
- Aulas e discussões ministradas por médicos, outros profissionais da área da saúde, residentes, acadêmicos, membros da LIC ou convidados;
- Discussões anatomo-clínicas de casos coordenados por especialistas da área supracitada a serem realizadas semanalmente durante as práticas ambulatoriais e de enfermaria;
- Realização de cursos, palestras, treinamentos, jornadas relacionados às áreas afins;
- Manter intercâmbio científico e associativo com outras escolas médicas;
- Estímulo à participação de seus membros em estágios nos diferentes locais relacionados à área de atuação;
Relação ensino, pesquisa e extensão
Este projeto tem como referencial no ensino, aulas sobre práticas e cuidados cirúrgicos. Em relação à pesquisa, estão em fase de elaboração projetos relacionados à pesquisa qualitativa e quantitativa, baseados nas intervenções realizadas.
Referências Bibliográficas
BRASIL,
Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CES nº 4,
de 01/11/2001. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em
Medicina. Brasília: Câmara de Educação Superior; 2001.
FERREIRA, L. L.. Ligas acadêmicas: o que há de positivo? Experiência de implantação da Liga Baiana de Cirurgia Plástica. Rev. Bras. Cir. Plást. 2008; 23(3): 158-61.
HAMAMOTO FILHO, P. T.. Ligas acadêmicas: motivações e críticas a propósito de um repensar necessário. Rio de Janeiro: Rev. Bras. de Educ. Med., 2011; 35: 535-543.
HAMAMOTO FILHO, P. T. et alli. Ligas Acadêmicas de Medicina: extensão das ciências médicas à sociedade. Rev. Ciênc. Ext. v.7, n.1, p.126, 2011.
HOLLIDAY, O. J. Para sistematizar experiências. João Pessoa: Editora Universitária UFPB, 1996.
LUCKESI, C. C. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem? Salvador: UFBA, s/d.
MINAYO, M. C. D. S. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 6 ed. São Paulo: Editora Vozes, 1992.
PÊGO-FERNANDES, P. M. & MARIANI, A. W.. O ensino médico além da graduação: ligas acadêmicas. Diagn Tratamento: 2011; 16(2):50-1.
PESSOA Jr., Osvaldo. Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência I. S/l, 2010.
SANTANA, A. C. D. A.. Ligas acadêmicas estudantis: o mérito e a realidade. Medicina (Ribeirão Preto) 2012; 45(1):96-8.
SANTOS, B. S. dos; STOBÄUS, C. D. & MOSQUERA, J. J. M.. Processos motivacionais em contextos educativos. Porto Alegre: PUCRS ano XXX, n. especial, p. 297-306, 2007.
SOUZA, H. P. G.. Caracterização das ligas acadêmicas de medicina no Brasil e o seu papel atual na formação médica. Salvador: UFBA, Monografia de Conclusão do Curso de Medicina, 2012.
TOWNSEND, C. M. Jr.; BEAUCHAMP, D.; EVERS, M.; MATTOX, K.L.. Sabiston Textbook of Surgery. The biological basis of modern surgical practice. 19th Edition. Philadelphia: Elsevier, 2012.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE. Curso de Graduação em Medicina/FURG [Projeto Político-Pedagógico]. Rio Grande: FURG, 2007, 46 p.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE. Curso de Graduação em Enfermagem/FURG [Projeto Político-Pedagógico]. Rio Grande: FURG, 2005, 69 p.
VASCONCELOS, C.; PRAIA, J. F. & ALMEIDA, L. S.. Teorias de aprendizagem e o ensino/aprendizagem das ciências: da instrução à aprendizagem. Psicologia Escolar e Educacional, 2003 Volume 7 Número 1 11-19.
Nenhum comentário:
Postar um comentário